Presidente da Câmara se diz vítima de uma série de
inverdades
Na última semana seria julgado um pedido de cassação da
prefeita de Macabu Lídia Mercedes a Tedi (PT). No entanto , em mais uma
manobra jurídica, a prefeita, acusada de não ter respondido em tempo hábil
requerimentos pedindo informações sobre contrato (o que é crime
administrativo), conseguiu uma liminar de última hora anulando a sessão.
A abertura do processo de cassação foi aprovada por seis
votos a cinco. No entanto, a Justiça entendeu que eram precisos ter oito votos
a favor do pedido, por isso a sessão foi suspensa.
Como se não bastasse a manobra judicial, o Legislativo Macabuense,
na figura do presidente Kódia Ramalho (PV) passou a ser vítima de uma série de
boatos propalados na mídia local. Um deles seria de que Kódia havia feito “lambança”
na condução do processo – detalhe, o autor do pedido de cassação não é ele e
sim a vereadora Izamirthes Farah (PMN).
Outro boato criado, por um colunista local ligado à
prefeita, foi de que o presidente da Casa seria um traidor, por ter votado a
favor do pedido de cassação. Além de acusado de estar “em cima do muro”, Kódia
também foi acusado de tentar ser candidato numa “dobradinha” com a vereadora Izamirthes,
da oposição. Todos estes boatos, no entanto, são rechaçados pelo presidente.
“Sou presidente desta casa. Se não votasse pela abertura
estaria indo contra o regimento interno, que no artigo 234 diz que deverá abrir
processo caso o pedido de informação não fosse cumprido. Votei como presidente
da instituição. Existiu o erro da prefeita de não responder no prazo e não
pedir prorrogação para entrega da informação. Quem toma todas atitudes, como
recorrera liminar, é a comissão processante, que é autônoma. E não a mesa diretoria, que dá apenas
a base para eles trabalharem. É a comissão que irá recorrer ao Tribunal de
Justiça, através da procuradoria jurídica da Câmara de Vereadores. Não será nem
eu, nem a mesa, nem os vereadores. Quero que a prefeita entenda a necessidade que todo governo tem de passar
por um julgamento politico, que não aconteceu”, argumentou.
Kódia deixa claro que ele, como presidente da Câmara não
anuncia rompimento político e nem cria aliança com vereador algum por conta
dessa ação contra a prefeita. “Eu voto primeiro pela minha consciência, com independência
e liberdade. Sempre. Mesmo eu fazendo parte da bancada do governo. E agora,
faltando 3 anos para o pleito, falar de sucessão municipal é no mínimo um
estelionato político. Quero deixar bem claro que na política não podemos
escolher nossos adversários, temos como dever escolher sistematicamente nossos
parceiros e apoiadores. Por isso todas as minhas decisões mostram que eu tenho
sim um lado. E eu não sou gato para ficar em cima de muro”, finalizou.
Fonte: Jornal Expresso Regional
Samanta Fernandes
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